Invasão chinesa? BYD quer 10% do mercado mexicano
A BYD decidiu invadir o mercado mexicano e sem fábrica, porém, com ambição em números que realmente surpreende, ainda mais quando falamos de um mercado sensível aos preços.
Maior fabricante de veículos eletrificados, a BYD agora quer ampliar sua posição no importante mercado mexicano, muito influenciado pelos EUA.
Como se sabe, a BYD ainda tem presença discreta no mercado americano, atuando com veículos comerciais, mas o México pode ser a vitrine para os americanos.
Com sete concessionárias, a BYD chega em 2023 ao México com o SUV Tang (Tan aqui) e quer emplacar inicialmente 10.000 carros por lá, no próximo ano.
Isso apenas no primeiro ano, já que o plano é vender até 30.000 carros no ano seguinte. Se fosse aqui no Brasil, isso a colocaria – considerando números de 2021 – entre Ford e Peugeot, na 12ª posição.
Mas, estamos falando do México, onde a oferta de marcas é bem maior que no Brasil e ainda com forte influência do mercado de usados, que limita o país no ranking mundial de vendas de carros novos.
Para a BYD, isso ainda não é o suficiente e a marca chinesa quer nada menos que 10% do mercado total de automóveis no México.
Com 40 concessionários em 2024, a BYD terá um desafio pela frente, já que a marca está migrando rapidamente para os carros elétricos, sendo que não produz mais carros a combustão comuns, somente híbridos, como o Song Plus, que chegou recentemente no Brasil.
Isso significa que seus carros são caros para a média de renda dos mexicanos, onde poucos ganham mais US$ 10.000 anuais.
Muito disso é alimentado pelo mercado de usados, obviamente, mas para quem pode pagar por um carro novo, modelos como Tang e Han assustam ao custar € 72.000 na Europa e R$ 530 mil no Brasil.
Obviamente, a BYD tem modelos bem mais simples e a empresa enfatizou que será uma “marca para todos”.
Uma das apostas da BYD é que o México siga a Califórnia em seu processo de eletrificação, o que será uma vantagem para a chinesa.
[Fonte: Reuters]
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