Stellantis encerra produção de motores no Paraná

 

A Stellantis decidiu encerrar a produção de motores E.torQ em sua fábrica de Campo Largo, no interior do Paraná, sendo ela responsável por abastecer as marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën.

Ao site Automotive Business, a Stellantis confirmou o encerramento da produção do propulsor, anteriormente revelado pelo jornal Folha de Campo Largo.

Com o fim do E.torQ, a fábrica da Stellantis na cidade será fechada e o quadro funcional, com pouco mais de 200 pessoas, será transferida para outras instalações da empresa ou transferidos para empresas locais.

A unidade da Stellantis chegou a exportar o E.torQ para a Europa, onde a Fiat o utilizou em alguns modelos.

Assim, a Stellantis concentra a produção de motores em Betim, que tem uma ampla área industrial que suporta toda a demanda nacional.

Lá, ela faz os motores GSE, tanto as versões aspiradas com cabeçotes de 2 válvulas por cilindro, quanto as turbinadas com 4 válvulas por cilindro, injeção direta e turbocompressor.

Já em Campo Largo, a história é um pouco longa e começou bem antes da Fiat, com a Chrysler e a BMW, que iniciaram a produção de três tipos de motores para os carros das duas marcas.

A partir do fim da década de 90, Campo Largo exportou motores da então conhecida Tritec, que acabaram em carros como Chrysler PT Cruiser e MINI Cooper.

Ela produzia os motores 1.4 16V de 75 cavalos, 1.6 16V com 114 cavalos e 1.6 16V com compressor, entregando 160 cavalos.

Todos tinham cabeçote SOHC e injeção eletrônica, sendo usados nas marcas até o fim dos anos 2000.

Nessa época, a Tritec foi vendida para a Fiat, porém, a fábrica acabou retornando para a Chrysler após sua aquisição pela marca italiana, formando assim a Fiat Chrysler.

A partir daí, o motor Tritec virou E.TorQ com um retrofit, eliminando o 1.4 e o 1.6 Supercharger, convertendo o 1.6 também em 1.8, vendendo-os por aqui.

A Tritec também já foi usada por algumas marcas chinesas, entre elas a Chery.

[Fonte: AB]

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