Carretinha reboque: preço, qual CNH pode, modelos 2022

Transportar todo tipo de material no automóvel nem sempre dá, por isso, no mercado, existem modelos de carretinha reboque que se adaptam bem aos carros e são bem práticos.

Contudo, não basta apenas comprar esse pequeno veículo, é preciso estar apto a rebocá-lo, assim como atender corretamente à legislação para não ser autuado ou, pior, ter o veículo apreendido.

No Brasil, existem algumas regras para carretinha reboque que precisam ser atendidas, inclusive o próprio automóvel precisa corresponder à lei, bem como a habilitação do condutor.

Além disso, deve-se escolher o modelo ideal de carretinha para levar o que se precisa, desde que dimensionado para seu automóvel.

Com vários modelos e preços, o mercado nacional é bem atendido por fabricantes desse tipo de veículo de reboque, contribuindo assim para uma oferta realmente boa.

Carretinha reboque – o que é?

carretinha reboque para carros

A carretinha reboque é um tipo de veículo para os mais variados usos, sendo geralmente pequeno e podendo ter até dois eixos, adaptados para transportar vários objetos diferentes.

Basicamente uma carretinha de reboque é constituída de um chassi tubular de aço, com um ou dois eixos, de confecção simples, porém, robusta.

Esse eixo é apoiado por uma suspensão igualmente simples, dotada de feixe de molas semielípticas ou parabólicas, com barra estabilizadora e braços de apoio.

Uma carretinha pode ou não ter freio próprio, com o primeiro atendendo um peso máximo determinado por lei, contudo, independente disso, precisa portar iluminação completa.

Nesse caso, é obrigatório dispor de lanternas completas, com luz noturna, piscas, luz de freio e luz de ré.

Assim como nos carros, a carretinha dispõe de duas lanternas e mesma disposição que no caso, sendo ainda obrigatório ter um pequeno para-choque com faixas de cor vermelha e branca.

A carretinha reboque também utiliza pequenos para-lamas sobre as rodas, que podem ser de aço ou liga leve, geralmente sendo da primeira, com pneus radiais que não precisam ser os mesmos do carro.

É importante que a carretinha tenha um estepe de mesma medida e ferramental para trocá-lo, incluindo uma chave de rodas em “L” ou cruz, bem como macaco de elevação e um triângulo de alerta.

A carretinha também tem o suporte de engate, geralmente em formato triangular, que se funde com o chassi ou plataforma do reboque.

Na extremidade dele há um engate, geralmente de encaixe no engate tipo bola, tendo uma trava superior com proteção para não ser desengatada irregularmente.

Além disso, a carretinha tem ainda conector de energia para a iluminação obrigatória na parte traseira do reboque, que possui ainda placa de identificação própria, diferente do automóvel.

Nesse caso, a carretinha também porta iluminação da placa de registro como o automóvel.

Sobre o chassi/plataforma, a carretinha reboque geralmente tem uma pequena caçamba de aço, alumínio ou madeira, com a parte traseira rebatível para facilitar o embarque da carga.

Contudo, existem modelos diferentes de carretinha que podem ter as laterais mais altas, assim como forma de baú ou mesmo como base para se levar quadriciclos, motos e outros pequenos veículos.

Carretinha reboque – modelos

Existem tipos de carretinha reboque que transportam até outros veículos, como barcos, kart, motocicletas e bicicletas, por exemplo, assim como outras cargas e até animais.

Muitos no Brasil utilizam carretinhas para pequenos serviços, como transporte particular de pequenas mudanças.

Além disso, podem ter carrocerias abertas ou fechadas, plataformas para veículos ou serviços, entre outros.

Alguns modelos possuem capota marítima, outros são fechados, feitos de aço, alumínio ou madeira, mas também existem os que são feitos em fibra de vidro.

O mais popular é a carretinha metálica, com caçamba imitando uma similar de picape, mas com para-lamas destacados e alça de engate triangular.

Contudo, existem centenas de fabricantes de carretinhas no país, com projetos para as mais variadas finalidades e com preços variados, pois, dependendo do propósito de cada um.

Para levar cargas gerais, as carretinhas podem ter um ou dois eixos, com caçamba ampla de madeira, aço ou alumínio, podendo ter ou não capota marítima.

No caso de bicicleta ou moto, a carretinha pode levar até três motos, com rampa móvel adaptada para facilitar o embarque e desembarque.

Esse tipo de reboque possui canaletas para prender motos e bikes, além de travas para sugerar os veículos.

Também existe a carretinha de animais, geralmente feita de madeira, ainda que hajam modelos em aço ou alumínio, com cobertura curvada e áreas abertas para ventilação e bem-estar dos animais.

Esse tipo de reboque tem porta dupla para acesso do animal, que pode ser preso por arreios no interior da carretinha, que tem quase que obrigatoriamente dois eixos.

Para barcos, a carretinha geralmente é mais longa com um suporte para acomodar o casco, que precisa ser rebocado para cima do reboque por meio de um cabo de aço, com carretilha na frente do veículo.

Com esse sistema, o reboque é inclinado na margem da água, desenrolando-se o cabo para que o barco possa deslizar até a água, refazendo o processo para subir.

Carretinha reboque – tamanho

A carretinha reboque pode ser construída em vários tipos de tamanhos de oficinas, desde artesanais até industriais, porém, esse tipo de veículo precisa respeitar alguns limites impostos pela lei.

De acordo com o CTB, a carretinha precisa respeitar limites de tamanho e capacidade de carga, tornando-se assim legal perante às regras e evitando que o proprietário seja autuado.

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o reboque não tem um comprimento exatamente estipulado, porém, o conjunto combinado de veículo automotor e reboque não pode exceder 19,80 m.

Na largura, o limite é de 2,60 m, sendo este o mesmo imposto a caminhões e ônibus, por exemplo.

Já a altura não pode ultrapassar 4,40 m, que é também o limite para carretas e ônibus de um ou dois andares.

Por fim, o balanço traseiro, que é a distância entre o para-choque e o eixo traseiro, não pode ultrapassar 3,50 m.

Carretinha reboque – como devo carregar?

Uma carretinha reboque precisa respeitar as regras sobre peso, que associadas com o peso do automóvel , gerará o PBT ou Peso Bruto Total.

Por isso, antes de mais nada, é importante pesar todo o material que irá na carretinha e distribuí-lo corretamente na caçamba.

Isso evita que o deslocamento ou desnível altere o centro de gravidade do reboque e desestabilize o automóvel.

Em algumas picapes, por exemplo, existe um controle de estabilidade de reboque, que altera a dinâmica dos freios da picape em prol da estabilização do conjunto nas estradas.

Por isso, a maneira mais fácil de cumprir a regra é distribuir a carga de forma homogênea ou concentrar a maior parte da carga no fundo da carretinha, sendo esta a mais próxima do engate.

Evite também empilhar a carga em excesso, assim como centrar o maior peso no assoalho da carreta e não mais acima, visto que isso alterará a estabilidade do reboque.

Para amarrar a carga é preciso usar cintas de poliéster ou corrente, visto que cordas são proibidas, exceto se for para amarrar a lona de proteção da carga.

Como já citado, o peso do reboque está descrito no documento do veículo com o engate e, nesse o CRLV, que tem o peso máximo que o automóvel comporta.

No entanto, se a carretinha tem freio próprio ou não, os pesos permitidos diferem e estarão no Manual do Proprietário, tal como as pressões para calibrar os pneus devem ser especificadas pelo fabricante do reboque.

As carretinhas são práticas e devem ser usadas apenas para os propósitos estabelecidos para sua compra, como para transportar mercadorias ou mudanças, animais, barcos, motos, carros (com apoio das rodas dianteiras), entre outras finalidades.

Carretinha reboque – preços e documentação

Os preços da carretinha reboque variam muito como já dito, mas no mercado geralmente o valor fica em torno de R$ 4,6 mil, por um veículo com chassi de aço tubular, caçamba de madeira e engate.

Para motos, os preços começam em R$ 4.000, enquanto as carretinhas com dois eixos começam em média a partir de R$ 6.000.

Isso já inclui rodas, pneus, suspensão, iluminação, suporte de placa, chicote elétrico e demais itens obrigatório por lei.

O que é preciso para legalizar uma carretinha?

Após a compra, é necessário proceder com a documentação do reboque junto ao Detran do estado de registro.

Os documentos necessários para o processo de regularização incluem nota fiscal do fabricante do reboque (até 30 dias da emissão), assim como documento de identificação pessoal do proprietário, CPF e comprovante de endereço de até três meses).

Todos os documentos e notas acima precisam ser originais e ter uma cópia impressa simples.

Depois disso, o próximo passo é preencher um formulário do Renavam com duas vias, apresentar o decalque original do número do chassi do reboque e comprovante de impostos e taxas obrigatórias.

Se for usado, de débitos como multas, tributos ou encargos pendentes.

Caso o proprietário não possa proceder com a documentação do reboque, ele pode nomear um procurador, representante legal da pessoa jurídica ou um parente próximo, que pode ser pai, mãe, irmãos ou filhos.

O documento emitido, o CRV – Certificado de Registro de Veículo – só será alterado com a transferência do reboque, mudança de domicílio do proprietário ou alteração significativa no veículo.

A carretinha reboque então terá uma placa de registro do veículo e ela deverá atender pelo novo padrão do Mercosul, sendo devidamente instalada e iluminada.

Além disso, é preciso portar sempre o documento do reboque impresso e/ou através de sua forma digital, exibindo-a pelo aplicativo Carteira Digital de Trânsito, sendo em ambos devidamente licenciado para o ano vigente.

Carretinha reboque – CNH

Para conduzir veículo com carretinha reboque é necessário alguns requisitos da CNH, a Carteira Nacional de Habilitação.

Pelo CTB, Código de Trânsito Brasileiro, o condutor de um veículo com reboque até 3.500 kg de PBT, peso bruto total, pode rodar com a CNH categoria B.

Caso exceda esse peso, até 6.000 kg é permitido conduzir com CNH categoria C, não podendo exceder esse peso, caso contrário, será necessário CNH categoria E.

Deve-se lembrar que o PBT considerado é a soma dos pesos do carro e da carretinha, implicando em fazer um cálculo de peso antes da viagem.

Carretinha reboque – quem pode usar?

Qualquer motorista habilitado pode usar uma carretinha reboque, mas somente se o automóvel tiver o engate apropriado.

Nesse caso, o engate com bola é o mais usado, sendo este preso à plataforma ou chassi do veículo automotor e com a devida fiação elétrica ligada.

Em caso de irregularidade, o engate gera multa de R$ 195,23 por ser uma infração grave e cinco pontos na CNH.

Além disso, o automóvel tem uma capacidade própria de reboque, que vem especificada no manual do veículo, sem freio próprio e com freio próprio.

No caso do primeiro, o peso rebocado é menor, justamente pela falta do sistema de freios.

No próprio documento do veículo, o CRLV – Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo – vem especificado a capacidade de reboque do veículo.

Carretinha reboque – legislação

A legislação obriga que a carretinha reboque tenha os seguintes itens básicos:

  • para-choque traseiro;
  • protetores das rodas traseiras;
  • lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
  • freios de estacionamento e de serviço, com comandos independentes, para veículos com capacidade superior a 750 quilogramas e produzidos a partir de 1997;
  • lanternas de freio, de cor vermelha;
  • iluminação de placa traseira;
  • lanternas indicadoras de direção traseiras, de cor âmbar ou vermelha;
  • pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
  • lanternas delimitadoras e lanternas laterais, quando suas dimensões assim o exigirem.

Outro ponto que precisa ser observado é que a carretinha reboque presa ao veículo automotor, muda a categorização deste último, que passa de “veículo leve” para “veículo pesado”.

Isso implica em algumas coisas, entre elas o limite de velocidade, considerada nas estradas a de veículos pesados e, por exemplo, 90 km/h em estradas onde o limite para veículos leves é de 100/110/120 km/h.

Assim, o carro com reboque se equipara a uma carreta pesada nesse caso, por exemplo, contudo, apenas para fins de fiscalização.

Outro ponto é que, com um eixo a mais, paga-se mais pelo pedágio e um adicional por eixo, se a carretinha tiver mais de um.

Contudo, os proprietários de carretinha reboque estão isentos do pagamento de DPVAT – o seguro contra danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre – e do IPVA, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.

Carretinha reboque – fotos

Via Notícias Automotivas https://ift.tt/g3W4PyR

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